Precisamos incentivar meninas a serem mulheres da tecnologia!
03 setO mundo evoluiu, espaços que eram dominados por homens hoje já são frequentados por mulheres, mas infelizmente ainda temos um longo caminho pela frente até chegarmos a um nível de equilíbrio entre homens e mulheres. Esse tipo de comportamento que acompanha muitas meninas é desenvolvido desde a infância quando separamos meninos e meninas, inserindo-as cada vez menos em atividades que envolvam tecnologia e matemática. O mais triste nesse tipo de comportamento é que ele pode acompanhar essas garotas até o ensino superior afastando-as das áreas de cursos focados nas ciências exatas.
De acordo com as informações do Censo da Educação Superior de 2017, somente 29% das cadeiras nestes cursos são ocupadas por mulheres. Embora 60% das pessoas que conquistem o diploma de faculdade no Brasil sejam mulheres. O pontapé ideal para equilibrar essa situação é estimular as meninas na tecnologia, quebrando tabus de uma vez por todas. Conforme especialistas, o fator cultural ainda é uma das principais razões pela falta de interesse das meninas na tecnologia.
Temos algumas professoras em nossa instituição de ensino que são formadas na área da tecnologia e dividiram um pouco da sua experiência com a gente sobre o assunto. De um modo geral vimos que elas passaram por alguns preconceitos desde a época da faculdade onde as salas de aula possuem um número muito maior de homens e elas passam a ser excluídas por eles e até mesmo em alguns processos seletivos onde os recrutadores tem preferência por contratar homens. Mesmo em meio a essas dificuldades, a professora Giselle de Souza conseguiu a sua Licenciatura em Computação e através das suas aulas na unidade Cedaspy Manaus ela tenta provar para os seus alunos, especialmente as meninas que elas são capazes de entrar no mundo da tecnologia: “Aqui mesmo na escola as meninas têm uma certa resistência em fazer por exemplo o módulo de Manutenção por acharem que é coisa de menino, mas aos poucos isso vai sendo quebrado em sala de aula, quando elas veem que elas também podem pegar uma ferramenta e abrir uma máquina, podem trocar uma peça igualmente um menino. Ainda somos poucas, mas acredito que podemos fazer com que mais meninas venham a pensar em se formar na área de tecnológica. E estamos fazendo isso todos os dias quando mostramos a elas que somos iguais e podemos até fazer mais”.
Giselle de Souza
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A Luana Alves que também é da cidade de Manaus, buscou a área de olho no futuro e nas oportunidades que a área poderia trazer profissionalmente. Formada em Sistemas de Informação, a coordenadora da unidade Cedaspy nos contou que quando iniciou o seu curso passou por momentos difíceis “Para encontrar estágio foi ainda mais complicado, a demanda era maior para suporte em informática, como é uma trabalho um pouco mais “braçal” a prioridade eram para homens, em uma das entrevista o próprio entrevistador falou que não sabia porque tinham me enviado, já que minha estatura não era o adequado para a vaga, já que eu não poderia nem carregar um monitor CRT e todo a empresa era composta por esses monitores. Sai de lá em prantos”.
Luana Alves
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Para a Déborah Soares que coordenada a unidade Cedaspy de São Miguel já no seu curso em Tecnólogo em Design Gráfico ela percebeu as diferenças entre os meninos e meninas “As salas de aula a maioria dos alunos eram homens, fazer grupos para estudos eles evitavam mulheres”. Infelizmente esse tipo de comportamento muitas vezes não termina na faculdade e a Déborah afirma isso dizendo que “Algumas empresas contratam apenas homens para determinados serviços, até processo seletivo já participei onde separam mulheres e homens”.
Déborah Soares
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Com base nesses relatos vemos que ainda temos um longo caminho de mudanças pela frente. Mas, que mesmo enfrentando esses obstáculos, meninas podem despertar o seu interesse pela área de tecnologia desde que sejam incentivadas e tratadas de forma igualitária. Em uma sociedade cada vez mais tecnológica, formar meninas nessa área e inseri-las no mercado de trabalho é importante para combater a desigualdade de gênero. Além disso, quanto mais diversas forem as equipes nas empresas, mais completas serão as soluções criadas. E juntos vamos em busca de uma sociedade mais justa, onde todos podem desempenhar seus papéis independente do que foi dito e determinado como “coisa de homem” ou “coisa de mulher”.
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